VATICANO, 11 de mai de 2005 às 12:46
Ao meditar em sua catequese sobre o Hino de Adoração e de Laudes, o Papa se referiu ao livro do Apocalipse como aquele livro “de julgamento, de salvação e sobretudo de esperança”.
"A história- continuou dizendo- não está em mãos de potências escuras, à sorte ou às meras opções humanas. Sobre o desencadeamento de energias do mal, sobre o irromper veemente de Satanás, sobre o emergir de tantos flagelos e males, eleva-se o Senhor, árbitro supremo do percurso histórico”.
O Santo Padre destacou a vontade de “reafirmar que Deus não é indiferente aos atos humanos, mas penetra neles realizando seus ‘caminhos’, quer dizer, seus projetos e suas ‘obras’ eficazes”.
Referindo-se à intervenção divina , disse que “tem um fim bem preciso: ser sinal que convida à conversão a todos os povos da terra. As nações devem aprender a ‘ler’ na história uma mensagem de Deus. A aventura da humanidade não está confundida e não carece de significado”. Do mesmo modo, afirmou que “esta aproximação de fé leva a homem a descobrir a potência de Deus operante na história, e a abrir-se deste modo ao temor no nome do Senhor”.
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E explicando o significado bíblico de temor disse que “não coincide com o medo, mas sim é o reconhecimento do mistério da transcendência divina. Por isso está na base da fé e se encontra com o amor: ‘O Senhor teu Deus te pede que o temas e que o ames com todo o coração e com toda a alma’”.
Ao finalizar sua catequese fez referência à procissão universal que o hino menciona, procissão dos povos que se apresentam diante do Senhor aos que “o único Senhor e Salvador parece repetir com as palavras pronunciadas a última noite de sua vida terrena: ‘Tenham confiança; eu venci ao mundo!’”.
Terminada a catequese em língua italiana o Papa Bento XVI resumiu o conteúdo nas diversas línguas e posteriormente saudou os peregrinos chegados de todas partes do mundo. Dirigiu uma calorosa saudação ao grupo do Lar dos Meninos que querem sorrir, de Porto Rico, e a um grupo de meninas mexicanas, convidando a todos a “viver como enviados por Cristo ao mundo, com a força do Espírito Santo”.